Por trás das portas cerradas

Andrea assina participação em "Cidade de Alcatraz"

Andrea, vocalista da banda Espaço em branco, garante presença feminina em Cidade de Alcatraz: Uma canção que bem poderia ser de amor.


Hello, flipers

Com a chegada de mais um fim de ano, queremos comunicar o que temos realizado de concreto sobre nosso próximo disco já em vias de conclusão. Dissemos em vias de conclusão porque essa linha de chegada ainda exigirá de nós um certo fôlego que esperamos tenha se concluído até no máximo final de Março. Embora sem uma data específica, pretendemos lançar com certeza no 1º semestre de 2011 um disco que acreditamos seja o melhor que pudemos dar de nós, pois se trata de uma obra da qual já nos orgulhamos mesmo antes de terminada. Por hora queremos ressaltar a honra de termos tido o imenso prazer da participação de Andrea da banda Espaço em branco na música que é mais um petardo de natureza política que propriamente uma canção de amor à cidade onde se tenha nascido. Estamos falando de Cidade de Alcatraz, canção que a muito era esperada por ser registrada. Ela (Andrea) esteve atenta a todo o processo e mandou ver com sua voz agridoce e muita competência vocal.











Saudosa luminosidade

Bandolim usado pelo músico Sadraque na gravação
de "Queria ver os vagalumes".



Olá, flipers.

Estamos já no limiar da reta final das gravações. E devo dizer que esta tem sido uma das fases mais intensas da produção do nosso próximo disco; uma vez que, pela 1ª vez, estamos a trabalhar em duas músicas simultaneamente. No entanto, quem está quase vindo à luz é "Queria ver os vagalumes", uma música escrita em Setembro de 2003 por mim, Alan. Obsessão onírica em torno de dois "espíritos" que se buscam no auge de uma noite escura, onde a força de atração é seu magnetismo; onde tudo é ocultado pela ausência um do outro, até que a luz se faça ver quando do grande reencontro e seu clímax em meio à raios, estrelas, luzes ao fim, e é claro, os vagalumes:


Quando criança morei em várias casas de uma mesma vila em Santa Rita (Cidade da Alcatraz) durante a 1ª metade dos anos 80. Havia lá uma grande plantação de capim que à certa época do ano crescia ao limite máximo, transformando a paisagem ao redor. Durante a noite, enxames de vagalumes vinham ter bem diante nossos olhos, num espetáculo de tão rara beleza que raras vezes voltei a ver depois de "adulto". E é este animal que é totemisado em "Queria ver os vagalumes".

até...

Queria ver os vagalumes (letra)



Botão de rosa

Isaac Ryan, músico convidado, tocando
guitarra no folk-baladeiro "Botão de rosa".


Para Beto Menezes

"Botão de rosa" é fruto de uma interpretação mais sublime e menos ácida do conto de estréia do escritor e amigo Roberto Menezes, "Pirilampos cegos". Intitulada pelo tambem amigo e escritor Roberto Denser, Botão de rosa é uma tentativa de captar e repassar a essência das desilusões apresentadas nas vidas dos personagens Jorge e Laura; onde, segundo as últimas palavras do conto: "o tempo morre a cada instante, mesmo assim ele continua vivo".

Robson Feoli

Salvos os golfinhos

Este poste atrasado vem lembrar do período que marca os primeiros meses de 2010, quando estivemos "fora do ar" devido a defeitos técnicos em nosso instrumento primordial que é o teclado. Essa fase angustiosa também veio acompanhada de uma iniciativa conjunta com os nossos melhores parceiros, ou seja, nossos amigos flipers de sempre. O show realizado em 1º de Maio no Espaço Múltiplo, oportunamente intitulado de "Salve os golfinhos" deixa todo mérito a vocês, amigos fiéis que tanto acreditam em nós. Tão logo passou o marasmo, retomamos as atividades de estúdio com afã redobrado, dando continuidade a partir do ponto onde paramos, ou seja, a confecção de mais uma nova música; desta vez de autoria de Feoli chamada "Botão de rosa". Agora passemos à próxima página.

"Boa noite, Saturno" (letra)


Certa vez, um certo amigo, adepto do Hinduismo, me olhou fundo nos olhos e disse: "Nessa vida somos constantemente disafiados a sermos os nossos próprios Mestres". Sou tão de acordo com sua fala que esta frase jamais me saiu da cabeça. Dentre tantas outras coisas que acredito, suponho que estas palavras tenham me inspirado a escrever isto:

Boa noite, Saturno

Parado estou e vejo que Vênus está em Gêmeos Trazendo o velho dialeto que o Mestre tentou ensinar-te Calado estou, atônito no movimento Pra onde nos leva esse vento? Talvez para as dunas de Marte Dizem que vem vindo um grande meteoro De novo somos dinossauros Dinossauros do futuro E o futuro dorme em Saturno, perdido no espaço Para com o passado encontrar de novo Este é o nosso mundo. Boa noite, mundo Dizer não. Contestar teu comportamento Antes do novo advento. Bem antes da próxima moda Dizer sim pra voz que lá dentro não cala Enquanto esperas na sala a nova onda tecnológica Dizem que vem vindo uma era geleda Neptuno virá lá do nada Do nada para o futuro Passo a passo andamos para o oceano Seguindo os passos do plano do acaso Este é o nosso mundo. Boa noite, mundo.

Este é o nosso mundo. Boa noite, mundo.

Antes que "Thomas" viesse à luz como música pronta, eu, Alan, já me torturava ao pensar sobre qual seria o próximo passo. Devo confessar que esta foi uma difícil decisão. Um inferno astral que parecia não ter mais fim. Visto que dentre minhas composições havia um Q de disputa entre pelo menos quatro canções relevantes para o momento. "Boa noite, Saturno" fora então a campeã de minhas batalhas mentais por ter todo um colorido de significados para mim. Ela foi composta no ano de 2000 quando caminhava sozinho nas areias da Praia de Touros, no Rio Grande do Norte, à cata de conchinhas, pode? Assim como "Rosa dos ventos", "Boa noite, Saturno" também teve sua letra reescrita recentemente, pois ando a rever minhas idéias do passado. O resto do caminho será, pelo menos pra mim, menos pedregoso, já que não sofrerei tantas dúvidas quanto a que músicas gravar ou não. Tendo a sensação de ter saído de um mero dilema humano com a melhor das escolhas. Ou com aquela escolha que me salvou do inferno de ter medo. "Este é nosso mundo. Boa noite mundo".